Apresento uma notícia publicada no Blog da Educação da SEE/MG sobre um projeto desenvolvido pela E.E Bernardo Mascarenhas,
do município de Juiz de Fora, cujo tema é "Tolerância urgente: respeite o diferente".
03/05/2012
Conhecer, compreender e conviver. A
receita é simples e não exige ingredientes difíceis de encontrar. A mistura de
todos eles resulta na tolerância, tema trabalhado por alunos, professores e
funcionários da Escola Estadual Bernardo Mascarenhas, em Juiz de Fora – Zona da
Mata. As ações fazem parte da campanha ‘Tolerância urgente: respeite o
diferente’. A iniciativa que foca na necessidade de respeitar o próximo é
trabalhada em uma série de atividades durante a primeira quinzena de maio.
“No dia-a-dia temos percebido a
banalização da vida, em que atos fúteis acabam culminando em ações violentas,
simplesmente pela falta de tolerância das pessoas. Com base nessas observações
e, em conversa com a direção da escola, nós pensamos em montar um projeto sobre
o tema”, explica a supervisora da escola, Tânia Aparecida Moreira.
A iniciativa em uma Programação de
Atividades da Campanha que inclui palestras sobre as
diferentes culturas, a discriminação racial, a opção sexual, o deficiente
visual, físico e auditivo, o idoso e o soro positivo. As palestras são
conduzidas por especialistas e profissionais que lidam com os assuntos. Após as
palestras, alunos e professores continuam as discussões em sala, com a produção
de textos, cartazes e desenhos que serão expostos no encerramento da campanha,
marcado para o dia 15/05. A exposição será aberta a toda a comunidade.
Debate sobre diferentes culturas
também está na programação do estudantes. Foto: Arquivo da Escola
“Eu e minha amiga vamos fazer um
cartaz para destacar que também existe o preconceito com o estilo musical que
uma determinada pessoa gosta, bem como a roupa que usa. Minha mãe até nos deu
uma dica de como devemos montar o cartaz”, adianta a estudante do 9º ano do
ensino fundamental, Cináira de Oliveira, de 15 anos.
O projeto ganhou a adesão de
parceiros como a prefeitura municipal e defensores e estudiosos dos temas. O
resultado é que o ‘Tolerância urgente: respeite o diferente’ virou uma campanha
na cidade. Uma oportunidade para conhecer o diferente de igual para
igual. “Quando começamos a desenvolver o projeto ganhamos a simpatia da
prefeitura e de parceiros. Sabemos que tudo começa pela escola, nós somos os
grandes responsáveis pela mudança. É um trabalho de formiguinha, mas se cada um
fizer a sua parte seremos um batalhão. É uma semente que vai inchando até
germinar”, avalia a professora.
Para a estudante do 9º ano do ensino
fundamental, Paula da Silva Oliveira, a campanha é uma forma de motivar a
mudança de hábitos entre as pessoas. “Tanto na escola, como na rua, há muitas
pessoas diferentes convivendo. Muitas vezes julgamos as pessoas pela aparência
e não pelo o que ela é, e o projeto ajuda a valorizar a pessoa pelo o que ela
é”, lembra.
Estudantes se tornam monitores da
escola e auxiliam na manutenção da disciplina e respeito ao próximo. Foto:
Arquivo da Escola
De estudante para estudante
Saber respeitar e conviver com as
diferenças não é o único gesto de cidadania que uma pessoa pode exercer. Ainda
na Escola Estadual Bernardo Mascarenhas, os estudantes participam de outro
projeto chamado ‘Representante de Turma e Monitor da Escola 2012’. Por meio
dessa ação, os alunos elegem os colegas que vão auxiliar no monitoramento do
recreio, na representação das turmas em eventos internos e externos e na
liderança frente à turma.
“Para escolher esses representantes
fizemos tudo o que um processo eleitoral pede, com direito a campanha dos
candidatos, e uma visita à justiça eleitoral para explicar como ocorrem as
eleições”, lembra a supervisora Tânia Aparecida Moreira.
Os alunos eleitos para a função
utilizam um colete laranja para serem notados pelos colegas. Antes do recreio,
os representantes merendam para depois auxiliarem no acompanhamento dos alunos.
Pâmela Augusta de Souza Mello, de 16
anos, é uma dos monitores da escola e representantes de turmas eleitos pelos
estudantes. Para ela, uma das tarefas do eleito é a de dar o exemplo. “É um
projeto que ajuda na disciplina na escola. Quando vejo alguma discussão ou
estudantes correndo no recreio eu vou até eles e digo que não podem fazer isso,
e que eu estou aqui para ajudá-los. Eles me respeitam”, comenta a estudante.
Definição dos representantes de turma
teve como base o processo eleitoral do Brasil. Foto: Arquivo da Escola
Para a supervisora da escola, a ideia
de colocar estudantes para orientar os colegas na adoção de boas práticas
dentro do ambiente escolar tem apresentando bons resultados. “Mensalmente
fazemos um lanche com todos os representantes para conversar e avaliar as ações
do projeto. Percebo que os nossos representantes estão satisfeitos com isso.
Eles falam a linguagem dos outros alunos, então, a comunicação fica muito mais
fácil. Com o projeto deixamos de ter desentendimentos entre os alunos
no recreio”, ressalta a professora.
Link da reportagem: http://blog.educacao.mg.gov.br/wpracs/igualdade-para-as-diferencas/
Acessado em 08/05/2012



2 comentários:
Olá, Renata!
Muito pertinente a abordagem do tema "Igualdade para as diferenças. Penso, que, dessa forma conseguiremos reverter a intolerância que culmina em violência.
Abraços,
Fran.
Olá, Renata!
Muito interessante a abordagem do tema "Igualdade para as diferenças. Penso, que, dessa forma conseguiremos reverter a intolerância que culmina em violência.
Abraços,
Fran.
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